Lesões no cérebro

Lesões no cérebro podem ser analisadas por método automatizado

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem um método automatizado, baseado em machine learning, que pode auxiliar no tratamento de lesões no cérebro.

Doenças autoimunes como esclerose múltipla e lúpus formam lesões no cérebro, mais especificamente na sua substância branca. A análise dessas lesões atualmente é feita de forma manual, a partir de imagens de ressonância magnética. É um processo custoso, demorado e subjetivo.

Agora um método automatizado de análise pode auxiliar médicos e especialistas no tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas. A técnica foi desenvolvida pela pesquisadora Mariana Pinheiro Bento da Unicamp, com a colaboração de pesquisadores canadenses da University of Calgary.

Machine Learning

Isso é possível graças ao machine learning – campo da ciência da computação que constrói algoritmos que podem aprender e fazer previsões sobre dados, ou imagens como é o caso do estudo.

“Nós não programamos a máquina para analisar uma lesão. Nós programamos o computador para aprender a analisar uma lesão. Isso é feito a partir de várias informações e características sobre as lesões que médicos e especialistas nos passaram.” explica a pesquisadora Mariana Bento.

Foram avaliadas mais de 350 imagens de pacientes, combinando técnicas do processamento de imagens e de reconhecimento de padrão. “Baseado nas imagens de ressonância magnética, o computador tenta, a partir de um processo de aprendizado, extrair características importantes dessas imagens e apontar os tecidos anormais e sadios do cérebro.”

O machine learning está sendo amplamente usado em outras áreas além da medicina. O Netflix por exemplo, utiliza o aprendizado das máquinas para sugerir filmes e séries para os assinantes. E vai além – a série House of Cards foi criada a partir da análise de dados de navegação e preferências dos usuários.

Etapas do método

O processo de análise automática das lesões é dividido em 3 etapas:

DETECÇÃO

O método informa se o paciente tem ou não uma anomalia no cérebro.

SEGMENTAÇÃO

Depois de identificar a lesão, o método automatizado parte para a segmentação, identificando o local e o tamanho da lesão.

COMPARAÇÃO

Finalmente, uma análise longitudinal avalia como a lesão está se alterando ao longo do tempo, em formato, tamanho, textura, etc.

A pesquisa que resultou na descrição da metodologia contou com a colaboração de pesquisadores da área de reumatologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e do Instituto Brasileiro de Neurociência e Neurotecnologia (BRAINN).

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